sexta-feira, 23 de maio de 2008

Os Axiomas de Zurique

Alguns anos atrás eu tinha a mania (e o tempo) de acompanhar listas de discussão sobre os assuntos mais diversos. Convenhamos, acompanhar uma lista chamada brasilsatdigital sem ter sequer uma antena parabólica era muita falta do que fazer. Mas eu gostava. Nessa época eu também assinava o grupo saldopositivo do yahoo. Entre as centenas de mensagens por mês, duas ou três recomendavam aos não iniciados no mercado financeiro o estudo dos Axiomas de Zurique. Comprei o livro mas nunca cheguei a concluir a leitura.

Semana passada, com a cabeça atormentada pelas dificuldades da nova função no trabalho, reiniciei a leitura para pensar em algo que não prazos e reuniões. Os Axiomas de Zurique mostram, didaticamente, que para especular na bolsa ou no mercado imobiliário é preciso ter maturidade para arriscar, para ganhar e para perder. O livro explica que a minúscula Suíça, sem mar, sem petróleo, sem solo fértil, possui uma das maiores rendas per capita do mundo porque os suíços sabem apostar para ganhar. É impossível ficar rico sem se expor a riscos.

Enquanto lia, fiz novamente a inscrição no FolhaInvest e decidi acompanhar o jogo com mais atenção do que no ano passado. Não tem sido difícil porque a recente nota BBB- (quando fui pesquisar isso não acreditei no quanto ainda estamos distantes do A do Chile, por exemplo) atribuída pela S&P ao Brasil fez o Ibovespa passar fácil dos 70 mil pontos. Embora o balanço da minha carteira esteja positivo, já escorreguei no Axioma do Consenso (comprei Banco do Brasil porque todos diziam que ia subir. Caiu 5%), no Axioma do Otimismo e do Pessimismo (comprei Pão de Açúcar sem motivo. Caiu 7%) e no Axioma da Intuição (comprei TIM porque algo me dizia que ia dar certo. caiu 12%). Mas não perdi tempo. Seguindo o Axioma da Esperança, vendi as que começaram a dar prejuízo. Funcionou. Teria perdido mais se não tivesse vendido. Mas também ganhei 17% com Petrobrás e 18% com Gerdau. Neste momento, estou violando os Axiomas da Ganância (já devia ter vendido esses dois últimos) e da Diversificação (estou com 17 papéis diferentes). Ok, são interpretações ingênuas, mas é divertido observar os axiomas.

É uma excelente leitura. Devo ler novamente.

Nota 9.

domingo, 4 de maio de 2008

Consciência


Se sou capaz, devo fazê-lo?
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